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As piores redes sociais de 2024

Nem todas as redes sociais são iguais, mas todas fazem você perder seu tempo

As piores redes sociais de 2024

O fim do ano é um momento mágico no qual você pode ver retrospectivas e listas com as melhores coisas do ano. É por isso, então, que eu vou fazer o contrário e mostrar pra você as piores redes sociais do mundo.

Foram analisadas apenas as redes sociais mainstream, de uso comum, ou seja, aquelas maiores e mais conhecidas – excluindo chans, redes sociais menos conhecidas e plataformas exclusivamente utilizadas de um lado do espectro político.

5 - Threads

A nova rede social da Meta, que quer se posicionar como substituta ao Twitter, mas declaradamente despreza conteúdos de política e de saúde pública, não decolou no Brasil, mesmo após a migração de diversos usuários para lá frente à derrocada do X/Twitter.

Além disso, o Threads se tornou um grande poço de baits de engajamento (quando um post feito unicamente para gerar engajamento é impulsionado pelo algoritmo), principalmente em inglês. Simplesmente não é um lugar legal pra compartilhar suas opiniões nem acompanhar os assuntos do momento.

4 - TikTok

O rede social da Bytedance continua igual em essência, com seu algoritmo afiado e sua moderação bastante ativa. No entanto, o modelo de negócios do TikTok é predatório, sedento por olhos sempre colados em sua tela a qualquer custo. Como o algoritmo é muito bom, ele basicamente vicia as pessoas (especialmente adolescentes) em um loop infinito de vídeos curtos.

E a plataforma não está nem aí pra isso: segundo comunicações internas, a empresa não está preocupada com o mal que causa aos jovens, apesar de suas próprias pesquisas indicarem isso.

No Brasil, a empresa está sendo investigada pela ANPD por alegadamente violar o princípio do melhor interesse de crianças e adolescentes ao coletar dados pessoais sem verificar adequadamente a idade dos usuários.

A empresa divide muitos dos problemas com o Kwai, com a diferença de que tem mais moderação.

3 - YouTube Shorts

O Shorts é um produto do YouTube, mas pra essa lista vai ser considerado uma rede à parte. Está repleta de conteúdo repetitivo e apelativo, e a ferramenta quer descaradamente copiar o TikTok e o Reels, embora sem o mesmo sucesso. Há muitos baits de engajamento (coisa comum também nas redes da Meta) e vídeos oriundos de outras redes.

O Shorts é um produto tão ruim que eu já argumentei que isso pode ser uma coisa boa, já que ele nos força a passar pouco tempo vendo lixo, ajudando a reduzir tempo de tela.

2 - X

Todos sabemos que o Twitter não era perfeito – longe disso, era uma rede bastante problemática antes de Elon Musk comprá-la. Mas pelo menos havia muita gente no Twitter bem intencionada em relação a segurança, moderação e em melhoria de produtos.

Já seu sucessor, o X, piorou em todos os aspectos depois que virou o parquinho de extrema direita de Musk. A moderação é basicamente inexistente, os selos azuis comprados dominam o engajamento (pay to play), conteúdo extremista é amplamente aceito e propagado, os dados da plataforma passaram se ser pagos (e caros), entre outras coisas (daria pra fazer uma lista muito mais longa).

Em qualquer outro cenário deveria ser a pior rede, não fosse o caso de pior rede ser essa debaixo.

1 - Kwai

O Kwai é onde o entretenimento online morre e nasce um zumbi da desgraça comunitária.

Essa rede social beira a criminalidade, repleta de incentivos a plágio em troca de centavos, conteúdo que sexualiza menores de idade, exploração de trabalho, promoção de bets para menores, desinformação, golpes de recompensa para crianças em troca de tempo de tela, clonagem de contas, entre outras coisas péssimas.


As opiniões são do jornalista e não refletem a posição editorial do Núcleo

Sérgio Spagnuolo

Sérgio Spagnuolo

Jornalista e diretor do Núcleo. Em 2014, criou a agência de newstech Volt Data Lab. Foi Knight Fellow no ICFJ e diretor na Abraji, além de ter colaborado com vários veículos nacionais e internacionais

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