Reportagem de Núcleo e AzMina motiva representação contra TikTok no MPF
Deputada federal Erika Hilton enviou uma representação ao Ministério Público Federal após publicação de investigação sobre misoginia entre adolescentes no TikTok
Uma investigação conjunta do Núcleo com nossas parceiras da revista AzMina, sobre proliferação de conteúdo misógino no TikTok entre garotos adolescentes, motivou uma denúncia formal ao Ministério Público Federal contra a plataforma.
Em representação, a deputada federal Erika Hilton solicita:
A abertura de uma investigação do MPF para apurar sobre a "conduta do TikTok ao usar algoritmos automatizados para direcionar usuários, especialmente adolescentes, a conteúdos misóginos";
A "interrupção imediata" do direcionamento desse tipo de conteúdo ao "público em geral, não apenas a usuários menores de 18 anos", sob pena de multa de R$100.000 por dia;
Que a plataforma apresente estudos sobre os critérios de direcionamento para menores;
Que a rede social disponibilize "controles eficazes" de conteúdo, incluindo formas de denúncias.
CITAÇÃO À REPORTAGEM. O texto da deputada destacou que "estudos do Núcleo Jornalismo e AzMina mostram que perfis de meninos de 14 a 15 anos são expostos gradualmente a discursos de ódio, passando de vídeos 'inocentes' (como tecnologia) para ideias como 'mulheres submissas' e 'masculinidade tóxica'".
Jornalista e diretor do Núcleo. Em 2014, criou a agência de newstech Volt Data Lab. Foi Knight Fellow no ICFJ e diretor na Abraji, além de ter colaborado com vários veículos nacionais e internacionais
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