Após o lançamento do DeepSeek, o novo modelo de IA de código aberto que vem causando no mundo da tecnologia, Trump afirmou que os avanços da China em IA devem servir como um “alerta” para os EUA.
Com receio da competição chinesa e vontade de manter a liderança Estados Unidos no setor a qualquer custo, Trump revogou uma ordem executiva assinada por Joe Biden, que estabelecia práticas responsáveis para o desenvolvimento de IA pelas empresas americanas.
A medida exigia que as empresas que treinassem grandes modelos de IA compartilhassem os resultados dos testes de segurança com o governo, oferecessem apoio aos trabalhadores afetados pela automação e garantissem a proteção da privacidade dos consumidores. Mas ela foi considerada excessiva pela nova Casa Branca.
Para Trump, os requisitos eram “desnecessariamente pesados” e “estariam sufocando a inovação do setor privado e ameaçando a liderança tecnológica americana”. Na mesma canetada, ele revogou a diretriz e pediu que órgãos federais revisassem ou anulassem todas as políticas que fossem “inconsistentes com o aprimoramento da liderança americana em IA.”
MANHATTAN. Um dia após sua posse, marcada pela presença de bilionários das big techs, Trump anunciou o Projeto Stargate, que prevê investimento de US$ 500 bilhões até 2029 para construir uma infraestrutura nacional que suporte o desenvolvimento da IA, abrangendo desde o processamento de dados até a formação da mão de obra necessária.
O projeto estava sendo desenhado pelo governo desde 2022. A primeira ação do plano será a construção de 10 datacenters no Texas, novo estado preferido das empresas do Vale do Silício.
A iniciativa vem sendo comparada ao Projeto Manhattan — que liderou o desenvolvimento das bombas atômicas nos EUA na década de 1940 — por sua larga escala.
SEMICONDUTORES. Trump tem anunciado tarifas contra competidores, aliados e inimigos. Recentemente, ele afirmou que imporá novas tarifas sobre chips semicondutores de Taiwan, essenciais para a IA. Seu objetivo, disse ele, é forçar os fabricantes a transferirem suas fábricas para os EUA, utilizando tarifas e altos impostos como instrumentos para essa realocação.
Em resposta, o Ministro da Economia de Taiwan afirmou que a cooperação entre os países sempre foi “mutuamente benéfica” e que as tecnologias dos países “são altamente complementares” e “criam um modelo de negócios ganha-ganha para as indústrias de ambos os países.”
