Flávio Dino é o alvo da vez da direita nas redes

Ao estilo Britney Spears, o Departamento de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA declarou nesta segunda-feira (18.ago.2025) que Alexandre de Moraes é "tóxico".

Don't you know that you're toxic?

Mas o alvo da vez da direita nas redes é outro ministro do STF: Flávio Dino, que decidiu que ordens de governos estrangeiros não têm efeito no Brasil até que o Supremo as homologue — uma reação à aplicação da Lei Magnitsky contra Xandão.

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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) acha que isso vai "destruir o Brasil".

Paulo Figueiredo, neto de ditador e artífice de sanções contra o Brasil, parece achar que a decisão foi um tiro no pé, mas não elaborou o pensamento.

O jornalista Glenn Greenwald achou "absolutamente bizarro".

"Ex-ministro da Justiça de Lula (que ele nomeou para o Supremo) proibiu os bancos brasileiros de cumprirem as sanções dos EUA, como, por exemplo, fechar as contas de Moraes. Mas, se o fizerem, serão bloqueados nos sistemas bancários internacionais e impedidos de realizar negócios com o dólar, colocando em sério risco o sistema financeiro brasileiro — tudo para proteger o autoritarismo de Moraes."

Mas o advogado Lucas Mourão discordou.

"O enforcement da Lei Magnitsky não é jurídico. Quero dizer, juridicamente, os bancos já não podem negar serviços ao Moraes ou a qualquer outro nacional. Nossa Lei já nos protege desses árbitros. O que Dino fez foi reafirmar que, no Brasil, vale as normas legais do... Brasil. O enforcement da Lei Magnitsky é econômico, mas aí cabe à diplomacia brasileira (e não a um Ministro do STF) lidar com a arrogância de Trump."