Uma análise realizada por pesquisadores das universidades de Sheffield, no Reino Unido, e de Renmin, na China, aponta que postagens sobre conteúdo acadêmico no Bluesky geram mais interesse e engajamento do que no X.
Foram analisadas cerca de 2,6 milhões de publicações no Bluesky entre jan.2023 e jul.2025 que faziam referência a mais de 532 mil artigos científicos. A maioria das postagens (91%) era feita em inglês. O artigo ainda não passou por revisão por pares.
Os autores identificaram que 48,2% dos posts receberam ao menos 10 curtidas, 34,4% receberam 10 ou mais republicações, 10,4% tiveram 10 ou mais citações (comentários em cima da republicação) e 11% representaram 10 ou mais respostas.
Já estudos anteriores sinalizaram que a proporção de tweets com conteúdo semelhante que recebiam 10 ou mais interações no X, a depender da disciplina, variou de 3,9% a 7,5% nas curtidas, 1,4% a 4,4% em republicações e 0% para citações e respostas.
A pesquisa indica que houve uma migração da comunidade acadêmica que estava no X para o Bluesky a partir de nov.2024, quando o número de postagens na rede social explodiu. O período coincide com o apoio de Elon Musk à campanha presidencial de Donald Trump.
Os autores indicam que esse crescimento do Bluesky se estabilizou após jan.2025. "Essa migração provavelmente posicionou o Bluesky como um importante destino para acadêmicos que buscam uma alternativa mais estável e descentralizada para o discurso acadêmico", escreveram.