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A recorrência de abusos sexuais em corridas de Uber

Investigação do New York Times expôs a dimensão de um problema conhecido do Uber: o constante assédio de mulheres por motoristas e falta de ações de segurança da plataforma

A recorrência de abusos sexuais em corridas de Uber

Um problema conhecido do Uber ganhou uma nova dimensão: a escala do assédio sofrido por mulheres durante corridas.

Nos EUA, de 2017 a 2022, foram registradas mais de 400 mil reclamações de assédio pela plataforma, de acordo com uma investigação do New York Times publicada nesta quarta-feira, citando dados apresentados em um processo que sobre segredo de justiça.

Os dados obtidos pelo jornal mostram a recorrência do problema: a cada oito minutos, uma mulher registrou reclamação de algum tipo de assédio.

Segundo a empresa, 75% das reclamações são consideradas "menos sérias" – coisas como flertes, linguagem ofensiva e comentários sobre aparência das mulheres – e que os dados não foram auditados, o que significa que podem incluir reclamações falsas feitas por pessoas que apenas querem reembolso das corridas.

Mas a investigação do NYT conseguiu mostrar repetição de problemas de segurança ao longo dos anos, como casos de motoristas que tinham reclamações de abusos sexuais mas que continuaram fazendo corridas agenciadas pelo app.

Desde 2022 o Uber não publica um relatório de transparência nos EUA – no Brasil esse tipo de documento não é divulgado publicamente.

Via The New York Times (em inglês, com paywall)

Sérgio Spagnuolo

Sérgio Spagnuolo

Jornalista e diretor do Núcleo. Em 2014, criou a agência de newstech Volt Data Lab. Foi Knight Fellow no ICFJ e diretor na Abraji, além de ter colaborado com vários veículos nacionais e internacionais

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