Trabalhadores africanos constroem base global de IA por US$2 a hora, diz investigação
Levantamento da Aylgorith detalha como milhares de africanos são contratados para tarefas essenciais como rotulagem de dados, moderação e transcrição, fundamentais para treinar sistemas de inteligência artificial
Embora sejam responsáveis por extrair minérios para datacenters e moderar conteúdos para big techs americanas, trabalhadores africanos continuam excluídos do debate global sobre inteligência artificial. É o que revela investigação do Aylgorith.
O levantamento detalha como milhares de africanos são contratados por empresas globais para tarefas essenciais como rotulagem de dados, moderação e transcrição, fundamentais para treinar sistemas de IA de empresas como OpenAI, Meta e Google.
Eles recebem menos de US$ 2 por hora, enquanto, nos Estados Unidos, ganham a partir de US$ 18.
Esses profissionais, chamados de “anotadores de dados”, processam entre 150 e 250 passagens de texto do ChatGPT por hora, moderando conteúdos que incluem abuso sexual infantil, tortura, assassinato e suicídio.
Muitos desenvolvem Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Sem vínculo formal de trabalho, eles temem cobrar direitos.
Repórter com experiência na cobertura de direitos humanos, segurança de menores e extremismo online. É também pesquisadora na SaferNet Brasil e fellow do Pulitzer Center.
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