Ensaiando uma resposta às recentes tarifas impostas por Washington, a União Europeia tem discutido uma reação que pode acertar na canela dos norte-americanos: taxar grandes companhias norte-americanas de tecnologia.
TARIFA CÁ, TARIFA LÁ. Representantes da UE disseram ao Washington Post que o bloco estuda aplicar suas próprias tarifas contra empresas norte-americanas.
A reação tem apoio de países como a França e Espanha, mas enfrenta resistência de nações como a Itália, cujo governo teme uma escalada de tensões com a Casa Branca.
Empresas potencialmente afetadas incluem Apple, Google, Meta e Starlink.
SEGURA A ONDA. Outra opção em estudo é endurecer as regras para as big techs e limitar o acesso de empresas americanas a contratos públicos, segundo o jornal.
A medida mais extrema seria revogar patentes ou bloquear serviços de streaming e licenciamento de software, mas essa abordagem ainda é vista como uma “opção nuclear”.
CONTEXTO. A recentes tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, são vistas por Washington como uma forma de compensar a balança comercial com os europeus, que é deficitária em bens de consumo (-US$180 bilhões), mas superavitária em serviços (+US$118 bilhões).
Em fev.2025, Trump afirmou que as rígidas regulações da UE sobre big techs americanas poderiam resultar em “tarifas recíprocas”. Em um evento global de tecnologia em Paris, o vice-presidente JD Vance criticou a “regulação excessiva” da Europa sobre inteligência artificial e condenou a Lei de Serviços Digitais, que estabelece direitos e deveres para redes e plataformas no bloco.
Via WaPo (em inglês)