Um novo livro que relata condutas impróprias e assédio dentro da Meta está na mira do maior conglomerado de redes sociais do mundo, que busca evitar sua circulação – mas a editora disse que não vai ceder.
O LIVRO. O nome do livro é Careless People, da neozelandeza Sarah Wynn-Williams, ex-funcionária da Big Tech que deixou a empresa em 2017. Ele foi lançado em 11.mar.2025 (apenas em inglês por enquanto) e pode ser encontrado na Amazon e outras livrarias.
A descrição do livro diz o seguinte:
De esquemas ousados elaborados em jatos particulares a correr o risco de prisão no exterior, Careless People expõe tanto as repercussões pessoais quanto as políticas quando o poder sem limites e uma cultura depravada se impõem. Em uma narrativa envolvente e muitas vezes absurda, Wynn-Williams convive com Mark Zuckerberg, Sheryl Sandberg e líderes mundiais, revelando o que realmente acontece entre a elite global – e as consequências que isso tem para todos nós.
ARBITRAGEM. A questão entre a Meta, a editora Macmillan e sua subsidiária Flatiron Books) está em arbitragem agora (uma forma de evitar a judicialização de uma entrave entre duas partes).
O árbitro do processo deu uma vitória parcial para a Meta, indicando que as editoras não podem mais publicar nem promover o livro. Mas a Macmillan disse que a decisão "não tem impacto" para elas, acrescentando estar "horrorizada com as táticas da Meta de silenciar a autora".
Macmillan Publisher’s response to the arbitration order filed by Meta regarding our book Careless People by Sarah Wynn-Williams, which released Tuesday.
— Flatiron Books (@flatironbooks.bsky.social) 2025-03-13T18:11:33.174Z
CONTRADIÇÃO. A ação da Meta de tentar silenciar a autora bate de frente com o discurso do fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, que em jan.2025 gravou um vídeo reclamando da "censura" praticada pela imprensa e por governos e anunciando o fim do programa de checagem da Meta nos EUA.