A SaferNet Brasil, ONG especializada no combate a crimes cibernéticos, registrou um aumento de 78%
nas denúncias de abuso sexual infantil com links no Telegram entre o primeiro e o segundo semestres de 2024.
No ano passado, a ONG disse ter identificado mais de 2,65 milhões de usuários em grupos e canais da plataforma com imagens de exploração infantil. Entre 2023 e 2024, o Telegram concentrou 90,35%
de todas as denúncias envolvendo aplicativos de mensagens no Brasil.
PAGAMENTOS. A ONG também alerta que o aplicativo não possui registro no Banco Central e utiliza 23 provedores de serviços financeiros para processar pagamentos, muitos deles sediados na Rússia, Ucrânia, Hong Kong e Chipre. Quatro dessas plataformas estão sob sanções internacionais.
ESTRELAS. O Núcleo, em parceria com o Pulitzer Center, publicou na semana passada uma investigação sobre robôs no Telegram que produzem e vendem materiais de exploração sexual infantil com inteligência artificial.
A investigação mostrou que a maioria dos usuários era instruída a comprar créditos com cartões de crédito e débito, transferências via PIX, carteiras de criptomoedas, PayPal ou a moeda virtual do Telegram, as “estrelas”.
